João Vieira - Chaves, C. M. de Chaves, 2010. Direcção editorial: Manuela de Abreu e Lima. Assessoria: Sónia Alves. Textos de: António Cardoso, João Fernandes, João Miguel Fernandes Jorge, João Vieira, José Luís Profírio. In-oblongo, de 37-I págs. Fotografias de Luís Ginja e Fundação de Serralves.
Br. € 15,00
Tiragem de 500 exemplares.
Estimado.
Nascido em Vidago, Trás-os-Montes, em 1934, João Vieira "começou por estudar pintura na ESBAL (1951-1953) mas abandonou o curso,
encontrando no Grupo do Café Gelo (1956) o contraponto vanguardista ao
ensino académico e politicamente comprometido que abominava. Vieira
partiu depois para Paris, onde retomou os estudos e co-fundou o Grupo
KWY (1958-1968), assimilando as linguagens abstractas e gestualistas que
consolidaram o seu interesse precoce pela pintura letrista, enquanto
descobria as novas práticas processuais de redefinição da própria ideia
de objecto artístico. No regresso a Portugal, após um período entre a
comunidade artística lusa de Londres (1964-1965), o experimentalismo
torna-se a nota dominante da sua obra. Vieira usa materiais invulgares
como poliuretano rígido, espumas flexíveis ou tinta de automóveis,
realizando assemblages, ilustrações literárias, happenings e performances (as
“acções-espectáculo”, como chamava) pioneiras no país, e transpondo
poemas e letras para telas espessamente coloridas ou para objectos
tridimensionais, dando origem a environments de grande escala.
Os caminhos plásticos de exploração da envolvência espacial e da
presença do corpo, levam-no a dedicar-se sobretudo ao teatro entre os
anos 60 e 70, primeiro como cenógrafo e depois como encenador, sem nunca
abandonar no entanto as experiências letristas que tanto em pinturas,
instalações ou recentes obras multimédia, foram sempre um leme do seu
percurso criativo.
João Vieira faleceu em Lisboa aos 74 anos." (daqui)
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