06/12/23

Urbano Tavares Rodrigues nasceu há 100 anos (2)

Nascido em Lisboa, a 6 de Dezembro de 1923, Urbano Augusto Tavares Rodrigues passou a infância no Alentejo, perto de Moura, o que em muito influenciou a sua vida e obra. 

Ficcionista, investigador e crítico literário, licenciou-se em Letras com uma tese intitulada Manuel Teixeira Gomes: Introdução à sua obra (1950)

Impedido, por motivos políticos, de exercer a docência universitária em Portugal, foi leitor de Português em diversas universidades estrangeiras (Montpellier, Aix e Paris, entre 1949 e 1955). Depois da revolução de 25 de Abril de 1974 retomou a actividade docente em Portugal, jubilando-se em 1993 como Professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi membro efectivo da Academia de Ciências de Lisboa e membro correspondente da Academia Brasileira de Letras.

Foi um dos mais destacados escritores da sua geração. Autor de uma vasta obra, cedo começou a escrever.
1949
1952
1957
1959
1963
1969


Foi redactor principal do Jornal de Letras e Artes e jornalista de O Século e do Diário de Lisboa, jornais onde fez crítica de teatro durante vários anos. Colaborou, ainda, nos jornais JL- Jornal de Letras, Artes e Ideias, República, O Primeiro de Janeiro, Jornal do Comércio, O Diário, Jornal do Fundão e nas revistas Seara Nova, Vértice, Colóquio/ Letras, Século Ilustrado.
1973
1975
1977


Ao longo da sua vida, recebeu inúmeros prémios. Em 1994, foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e no ano de 2008 com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, tendo recebido também a Legião de Honra.

https://antt.dglab.gov.pt/convite-exposicao-urbano-tavares-rodrigues-2023/
https://www.cm-seixal.pt/evento/centenario-do-nascimento-de-urbano-tavares-rodrigues

6 comentários:

  1. Neste centenário do nascimento de URBANO Tavares Rodrigues (6.12.1923 - 9.8.2013), impõe-se reconhecer e, sobretudo, assinalar o seu notável valor. De forma (muito) breve e espontânea, seja-me permitido relembrar, de passagem, uma das obras menos divulgadas do célebre escritor e ensaísta, sobre "O Tema da Morte" [na Cultura literária] (Centelha, 3.ª ed., s/d visível), um precioso volume
    (que, curiosamente, tive ocasião de adquirir, no Verão passado, na Livraria Lumière) no qual podemos apreciar, entre outros temas, um capítulo "Teixeira Gomes e a fantástica cidade do Porto" (pp. 59-63), cujos meios académicos e culturais o literato e estadista (Presidente da República) frequentou, no turbilhão da sua juventude... Escreve o autor d'"Esta Estranha Lisboa": "(...) O Porto revela-se-nos, através de [Manuel] Teixeira Gomes, uma cidade essencialmente fantástica (...). / Além do Museu Soares dos Reis (...), o que no Porto sobremaneira o encanta e transporta (motivo ainda fabuloso pelo excesso e à beira do surreal) é o interior da Igreja de São Francisco, 'do barroco mais fantástico e fantasista que jamais se imaginou; barroco europeu, exacerbado pela visão dos pagodes indianos'. (...) / Avesso à precipitação do turista, que, na sua pressa de tudo inventariar a correr, por descargo de consciência, profana com o próprio desinteresse a alma das coisas, Teixeira Gomes, pelo contrário, ainda quando o tempo só lhe consente tomar uma posse física do que vê, abeira-se do pormenor escondido, vai aos recessos daquilo que está amando. (...)" Tratava-se, com efeito, de "recolher a impressão extraordinariamente bela e delicada" que a Invicta deixou ao novelista algarvio, ao qual URBANO consagrou, muito justamente, a sua tese de Doutoramento, de inquestionável interesse e renovada actualidade.

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    1. Prezado Fernando Firmino,
      Recordo-me perfeitamente do livro em questão. Bem interessante, por sinal. Urbano T. Rodrigues também escreveu poesia. Algo que a maioria desconhece.
      Um nome incontornável das letras portuguesas.

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  2. Gostava bastante dele. Conheci-o brevemente na inauguração da Biblioteca Eugénio de Andrade no Fundão. Se adivinhasse que ele iria lá estar teria levado um livrinho para pedir um autógrafo...
    A inauguração estava cheia de "Eugenianos" e eu tive direito a convite porque era muito amiga do bibliotecário; aliás nesse tempo visitava muito as bibliotecas da Beira Interior e não só - sempre achei que as bibliotecas eram uma espécie de paraíso.
    Onde é que eu já li isto? 😉
    Boa noite, Cláudia!🎄

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    1. Maria,
      Realmente, foi pena não ter sabido que Urbano T. Rodrigues iria estar presente...
      Também partilho da opinião que as bibliotecas são lugares muito especiais, onde apetece ficar nem que seja apenas a olhar...
      Um abraço!

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  3. Tinha pensado em assinalar esta data e esqueci-me.
    Um escritor que li muito, mas que hoje me parece muito datado.
    Bom dia!

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    1. MR,
      Actualmente, Urbano T. Rodrigues é pouco procurado e lido! Talvez o motivo, seja esse que refere.
      Bom dia (com MUITA chuva por cá).

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