Adília Lopes (1960-2024)
A poetisa Adília Lopes, pseudónimo literário de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira, morreu ontem aos 64 anos.
Enterros
A minha mãe disse sempre que não deixava disposições para depois de morrer porque não queria «dar trabalho aos que cá ficam».
A minha avó materna disse sempre que não queria que lhe dessem flores depois de morta. Se lhe queriam dar flores, que lhas dessem em vida.
Acho isto saudável. Eu também penso assim.
Adília Lopes, Estar em Casa. Assírio & Alvim, 2018, p. 26.
Fiquei admirada quando vi a notícia, ela ainda era relativamente nova.
ResponderEliminarSei de muita gente que não apreciava a frontalidade da Adília, mas eu gostava bastante das pequenas histórias dela, cheias de nonsense, ou talvez não...
Boa entrada em 2025!
E nada de subir🪑🪑 ok?
Maria,
EliminarPouco conheço a obra de Adília Lopes. Vou procurar colmatar esta falha.
A frontalidade, é uma característica que admiro, mas poucos são os que lidam bem com a frontalidade dos outros.
Um abraço! 🌺
A Adília Lopes não estava bem de saúde.
ResponderEliminarTambém acho saudáveis as disposições e vontades da mãe e da avó da escritora. Se quiserem dar flores deem o dinheiro das flores a uma instituição que faça bom uso dele.
Nunca li este livro, mas talvez o venha a fazer. Gosto de alguns poemas dela.
Bom Ano, Cláudia!
MR,
EliminarNão a sabia doente!
A ideia de se estar rodeado de flores, mesmo quando já se morreu, não deixa de ser bonito e até poético, mas que é um desperdício de flores e de dinheiro, concordo! Quanto muito, que as ofereçam em vida, como defendia a avó materna de Adília Lopes!