In Memoriam de Aníbal Fernandes Tomás – Lisboa, Livraria Universal de Armando Tavares, 1924. Organizado por Eloy do Amaral e Cardoso Martha. De 23,5x17,4 cm.; com XVIII-239-I págs. Ilustrado.
Brochado € 50,00
“D’este In Memoriam, tiraram-se apenas cento e cinquenta exemplares, numerados”, sendo este o n.º 1, assinado por Eloy do Amaral.
A lombada acusa algum uso.
Aníbal Fernandes Tomás, embora tenha nascido na Figueira da Foz a 9 de Abril de 1849 e sendo sobrinho-neto do Desembargador Manuel Fernandes Tomás, foi com 3 anos de idade para a Lousã acompanhando o seu pai João Pedro Fernandes Tomás Pippa e sua mãe Maria José Batista. Esta ida precoce e os muitos anos que viveu na Lousã permitiu que fosse considerado um Lousanense.
Estudou em Coimbra e frequentou Direito na respectiva Universidade, mas a morte subitamente do seu pai, escrivão do Tribunal da Comarca da Lousã, obrigou-o a deixar os estudos e assumir o lugar do pai. Iria depois para Lisboa, para o Tribunal da Boa-hora, e regressou à Lousã já como herdeiro por testamento da Viscondessa do Espinhal (não deixou descendentes) de todos os seus bens onde se incluía o Palácio dos Salazares (hoje, Hotel Palácio da Lousã), a Casa Amarela e outros bens e rendimentos. Funda o primeiro jornal Lousanense, em 1885, com o nome de “Jornal da Lousã” e a primeira tipografia no rés-do-chão do Palácio.
Foi o maior bibliógrafo do final do seculo XIX, escreveu para imensas revistas e jornais, publicou livros e era imensamente visitado pelos maiores e mais importantes escritores e editores da época, fruto da sua imensa colecção bibliográfica, única no país, que constantemente era procurado por estes para colherem informação.