Humberto Fonseca - Fotografia. Famalicão, C. M. de Famalicão, 1998. Textos de Maria de Lourdes Brandão e Artur Sá da Costa. Prefácio de Agostinho Fernandes, Presidente da Câmara. De 29x26,4 cm.; com 186 págs. Profusamente ilustrado com dezenas de fotografias.
Br. € 30,00
Humberto de Pestana Vellosa Camacho da Fonseca nasceu a 5 de novembro de 1877, na freguesia da Lapa, em Lisboa, e passou os primeiros anos da sua vida com os avós. Sua avó Luisa Augusta era aia da rainha D. Amélia. Há fotografias dele aprendendo a andar a cavalo com o Príncipe D. Fernando, e velejando com o Príncipe D. Luís.
Humberto trabalhava com o pai, ajudando-o nos seus negócios. Mas era um artista apaixonado pela fotografia, andando sempre com uma máquina, fotografando tudo o que o cercava, as pontes romanas, os campos, os caminhos e as pessoas de aldeia, os recantos pitorescos da Quinta, a azáfama das vindimas e das desfolhadas, os passeios pelo rio Leça, os picnics elegantes, as reuniões de família, os seus amigos, os barcos, Lemenhe, o Porto, Leça, Vila Nova Famalicão e arredores.
Deixou cerca de duas mil fotografias que são o retrato de uma época. Ele revelava as fotografias num estúdio que montou na Quinta do Chouso, com aparelhos que mandou fazer.
Foi fundador do Orfeão Portuense. Autodidata em música, tocava piano, guitarra e viola baixo. Foi uma das cem primeiras pessoas a ter carta de automóvel em Portugal. Como era monárquico, foi perseguido nos tempos agitados da implantação da República em Portugal. Por isso deixou o Porto e refugiou-se na Casa da Cotovia, em Lemenhe, desenhada e construída por ele próprio com alguns operários. Só anos mais tarde, quando os sogros faleceram, é que passou a viver com a família na Quinta do Chouso, onde morreu a 21 de março de 1940, com pneumonia, estando enterrado no cemitério da Lapa, no Porto.
A coleção de fotografia foi doada por Fernando Fonseca, neto de Humberto Fonseca, ao município de V.N. Famalicão. A coleção possui cerca de 958 chapas de vidro.
Sem comentários:
Enviar um comentário