Diniz, Aires Antunes - Ricardo Jorge, a Saúde Pública e as perversões do municipalismo - Carviçais, Editora Lema d'Imagem, 2018. Nota de Abertura de Manuel Fonseca, Presidente da C. M. de Fornos de Algodres. In-8.º; de 176-II págs.
Br. € 13,00
Novo.
O autor começa por nos apresentar o momento em que Ricardo Jorge tem a
sua hégira do Porto por aí não ter possibilidade, dentro organização do
Partido Médico Municipal, de combater a peste bubónica.
Inicia, por isso, uma brilhante carreira como Inspector e Director de
Saúde, que o levará a defender mudanças na organização dos Partidos
Médicos Municipais, procurando libertá-los das peias do poder municipal,
que impede, inclusivamente, a boa organização dos matadouros
municipais. Entra, por isso, e a título de exemplo, em conflito com a
Câmara Municipal de Bragança ao apoiar os médicos municipais contra as
suas ordens perversas. Este caso concreto acontece por esta Câmara não
querer entregar a gestão do matadouro local a um inspector sanitário, tal
como determinava o Regulamento do Matadouro Municipal em vigor.
O autor apresenta, por isso, modelos de organização de matadouros,
que analisa sucintamente para evidenciar perversões do municipalismo. Em
Coimbra, outro exemplo, para apontar a municipalização, entendida como
nacionalização, como forma de ultrapassar as falhas de uma empresa
proprietária do matadouro local.
Finalmente, o autor comprova o papel determinante de Ricardo Jorge na
desmunicipalização da Saúde usando, para isso, o registo da
correspondência enviada ao médico municipal, que desempenha funções de
Subdelegado de Saúde, estando por isso subordinado a ele, Director Geral
de Saúde. Neste aspecto é importante ressaltar que na Guarda é firmemente
apoiado por Lopo de Carvalho e Amândio Paul. (daqui)
Sem comentários:
Enviar um comentário