16/04/20

Diniz, Aires Antunes - Ricardo Jorge, a Saúde Pública e as perversões do municipalismo - Carviçais, Editora Lema d'Imagem, 2018. Nota de Abertura de Manuel Fonseca, Presidente da C. M. de Fornos de Algodres. In-8.º; de 176-II págs. 
Br. € 13,00

Novo.

O autor começa por nos apresentar o momento em que Ricardo Jorge tem a sua hégira do Porto por aí não ter possibilidade, dentro organização do Partido Médico Municipal, de combater a peste bubónica.

Inicia, por isso, uma brilhante carreira como Inspector e Director de Saúde, que o levará a defender mudanças na organização dos Partidos Médicos Municipais, procurando libertá-los das peias do poder municipal, que impede, inclusivamente, a boa organização dos matadouros municipais. Entra, por isso, e a título de exemplo, em conflito com a Câmara Municipal de Bragança ao apoiar os médicos municipais contra as suas ordens perversas. Este caso concreto acontece por esta Câmara não querer entregar a gestão do matadouro local a um inspector sanitário, tal como determinava o Regulamento do Matadouro Municipal em vigor.

O autor apresenta, por isso, modelos de organização de matadouros, que analisa sucintamente para evidenciar perversões do municipalismo. Em Coimbra, outro exemplo, para apontar a municipalização, entendida como nacionalização, como forma de ultrapassar as falhas de uma empresa proprietária do matadouro local.

Finalmente, o autor comprova o papel determinante de Ricardo Jorge na desmunicipalização da Saúde usando, para isso, o registo da correspondência enviada ao médico municipal, que desempenha funções de Subdelegado de Saúde, estando por isso subordinado a ele, Director Geral de Saúde. Neste aspecto é importante ressaltar que na Guarda é firmemente apoiado por Lopo de Carvalho e Amândio Paul. (daqui)

Sem comentários:

Enviar um comentário