29/08/20

Leonor de Almeida (1909-1983)


De seu nome completo Leonor da Conceição Pinto de Almeida, nascida no dia 25 de Abril de 1909, embora se tenha auto-atribuído várias outros anos de nascimento – a generalidade das antologias e obras de referência fá-la nascer em 1915 –, esteve casada durante algum tempo com o poeta e ensaísta Alexandre Pinheiro Torres (1923-1999) e, segundo Cláudia Clemente, “foi poeta, enfermeira, fisioterapeuta, esteticista, mãe, viajante, aventureira, corajosa, pioneira, mas acima de tudo, livre”. 
Já depois de se divorciar do segundo marido, radicou-se em Copenhaga. 


Leonor de Almeida está representada na Antologia de Mulheres Poetas Portuguesas (1962), de António Salvado, na célebre Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica (1966) de Natália Correia, bem como na influente Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa (1971), co-organizada por E. M. de Melo e Castro e Maria Alberta Menéres, e ainda em revistas como Serpente ou em obras colectivas como Poemas para Florbela (1950). Chegou a ser entusiasticamente referida por críticos como Gaspar Simões ou Jacinto do Prado Coelho, mas é hoje virtualmente desconhecida.
(daqui)

Colaborou com vários jornais (Diário de Lisboa, O Primeiro de Janeiro, Diário do Minho, Jornal de Notícias...). (daqui)

Publicou apenas quatro livros de poesia antes de o seu rasto se perder na Dinamarca: Caminhos Frios (1947), Luz do Fim (1950), Rapto (1953) e Terceira Asa (1960). 
A crítica da época aclamou-a como “dos casos mais extraordinários da poesia moderna”. (daqui)

O desconhecimento sobre a vida e obra de Leonor de Almeida é generalizado, mesmo entre aqueles que se interessam pela literatura, apesar da grande produção literária da poetisa.
O trabalho de Leonor de Almeida é comparado ao de Sophia Mello Breyner na crítica literária “Duas mulheres poetas”, de João Gaspar Simões. (daqui)

Leonor de Almeida é uma das homenageadas na Feira do Livro do Porto de 2020.

4 comentários:

  1. Já li duas das antologias aqui referidas mas não me lembro de Leonor de Almeida. Vou tentar ler um livro de Leonor de Almeida.
    Bom fim de semana!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tive aqui no blog os três primeiros livros de poesia dela, mas foram logo vendidos!
      Bom fim-de-semana!

      Eliminar
  2. Leonor de Almeida no Cemitério de Benfica, em Lisboa:

    https://imgur.com/a/BP46a5u

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Muito obrigada por esta informação adicional, que desconhecia.
      Bom dia!

      Eliminar