Condição
Constrói ao menos
qualquer coisa efémera ....
Pois mais não podes ser,
sê ao menos efémero.
Grava os passos na areia,
desenha sobre a estrada
teu vulto.
É melhor do que nada.
A desfazer-te o rastro
virá o Mar, é certo.
Vira, é certo, a Noite
beber a tua sombra.
Efémero? Serás ...
Mas presente
no Mar, eternamente;
na Noite, para sempre.
in Sebastião da Gama, Campo Aberto, 1967, p. 89
Muito bonito! Muito bem escolhido!
ResponderEliminarPois, hoje foi Dia Mundial da Poesia...não me lembrei.
Beijinhos, continuação de bom fim-de-semana:))
Isabel,
EliminarUm pouco de poesia para nos trazer algum colorido aos dias que andam cinzentos!
Bom domingo.:))
Talvez não sejam os dias que andam cinzentos, mas sim nós!
EliminarGostei muito Cláudia. Até porque não posso ir ver o mar. Não se pode passear de carro!!! Acho parvo. Assim, visualizo a espuma a lavar as palavras e a levá-las para sempre.
ResponderEliminarBeijinhos. :))
Ana,
EliminarCaso fosse permitido andar de carro para passear, já imaginou como estariam as ruas? Repletas de pessoas... Concordo com a medida!
Beijinhos e cuidado!