Sol de Mendigo
Olhai o vagabundo que nada tem
e leva o sol na algibeira!
Quando a noite vem
pendura o Sol à beira de um valado
e dorme toda a noite à soalheira…
Pela manhã acorda tonto de luz.
Vai ao povoado
e grita:
- Quem me roubou o sol que vai tão alto?
E uns senhores muito sérios
rosnam:
- Que grande bebedeira!
E só à noite se cala o pobre,
Atira-se para o lado,
dorme, dorme…
E toda a noite o sol o cobre…
Manuel da Fonseca, E o Céu tão baixo, Évora, 1999, p. 13
Um poema tão bonito!
ResponderEliminarUm beijinho e continuação de boa semana:)
Obrigada, Isabel!
ResponderEliminarEste é um dos poemas, dos vários que constam no livro que
pode ver mais abaixo...
Um beijinho.:)
e eu a pensar que o Paco Bandeira tinha escrito uma coisa de jeito...
ResponderEliminarBea,
ResponderEliminarEsta antologia com poemas sobre o Alentejo é muito bonita!
Aqui está o exemplo!
Ao Alentejo salva-me senti-lo, que pouco o conheço.
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