Um dos mais importantes historiadores portugueses, morreu ontem, aos 97 anos.
Formado em História, foi opositor do regime do Estado Novo, tendo sido militante do Partido Comunista durante a ditadura. Por esse motivo, foi preso político e impedido de dar aulas até ao 25 de Abril.
António Borges Coelho nasceu a 7 de outubro de 1928 em Murça, Vila Real. Frequentou o seminário franciscano em Braga durante cinco anos mas acabou por abandonar essa via.Para além da obra como historiador, escreveu poesia, ficção, ensaio e peças de teatro.
Uma das suas obras mais importantes, tem como título Portugal na Espanha Árabe.
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Confesso que conheço muito mal a obra de António Borges Coelho, apenas alguns poemas e artigos dispersos. Tentarei colmatar esta falha.
ResponderEliminarQue descanse em Paz!💐
Um abraço, Cláudia📚🌞
Maria,
EliminarTambém não posso dizer que conheça; apenas de os folhear.
Mas sempre ouvi opiniões muito favoráveis.
De forma brevíssima, não posso, no entanto, deixar de reafirmar a minha elevada admiração pela figura de António BORGES COELHO, anteontem falecido, e por nós, Leitore(a)s de algumas das suas Obras, saudosamente recordado.
ResponderEliminarNão apenas - deverei acrescentar - da surpreendente originalidade da criação literária e poética, mas, em particular, do fecundo labor historiográfico, que o Autor demonstra em exaustivos e estimulantes trabalhos, como, entre outros títulos essenciais, "Portugal na Espanha Árabe", "Comunas ou Concelhos", "A Revolução de 1383", "Raízes da Expansão Portuguesa", "Inquisição de Évora (Dos Primórdios a 1668)", "O Tempo e os Homens" e "Questionar a História".
Apenas uma telegráfica nota final para, por minha parte, evocar aqui, com profundo respeito, a coerência ideológica (até ao fim!) do corajoso resistente antifascista que, no exercício dos seus direitos e deveres de cidadania, não hesitou nas lúcidas opções e/ou rupturas, sem jamais renegar, na prática (BORGES COELHO foi, temporariamente, director da edição portuguesa do "Le Monde Diplomatique" e um dos elementos fundadores do movimento cívico "Não Apaguem a Memória"), a matriz ética e Marxista do seu pensamento filosófico.
Honra à sua memória!