20/05/24

ABRIGO

Abrigo-me de ti 
de mim não sei
há dias em que fujo
e que me evado

há horas em que a raiva
não sequei
nem a inveja rasguei
ou a desfaço

Há dias em que nego
e outros onde nasço

há dias só de fogo
e outros tão rasgados

Aqueles onde habito com tantos
dias vagos.

Maria Teresa Horta, Minha Senhora de Mim. Lisboa, Dom Quixote, 1971, p.48.

8 comentários:

  1. Belo poema!
    Este conhecia, embora não tenha este livro.
    Dia feliz, Cláudia🤗

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    1. Maria,
      Gosto imenso desta colecção. Tenho-a toda!
      Tem excelentes autores.
      Um abraço! 🌻🍀

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  2. Por aqui também se festeja (e muito bem) a Maria Teresa Horta.
    Também gosto desta coleção, onde li alguns poetas pela primeira vez.
    Boa semana!

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    1. Obrigada, MR!
      Maria Teresa Horta merece ser lembrada, celebrada e lida!
      Esta colecção é composta por 28 livros, os dois últimos da nova série.
      Bom dia e boa semana!

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  3. Faz hoje 87 anos.Bonita idade.
    Gosto do poema, que não conhecia.
    Tenho um ou dois livros desta colecção, apenas🙁
    Boa semana:))

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    1. Isabel,
      Concordo consigo, uma bonita idade. E uma vida preenchida.
      Vou ver se lhe arranjo algum livro da colecção!
      Quais são os que tem?
      Um beijinho e boa semana! 🌼🍀

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    2. Deixe estar, Cláudia, não se preocupe, que a bem dizer, não sei quais é que tenho e nem sei por onde andam...
      Obrigada, mas não se mace.
      Beijinhos:))

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