Manoel Wenceslau Leite de Barros (1916-2014) foi um dos principais poetas contemporâneos. Nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, no dia 19 de dezembro de 1916. Filho de João Venceslau Barros e de Alice Pompeu Leite de Barros passou a infância na fazenda da família localizada no Pantanal.
Na adolescência estudou num colégio interno na cidade de Campo Grande, época em que escreveu suas primeiras poesias. Faleceu a 13 de Novembro de 2014. (ler mais)
Não é por me gavar
mas eu não tenho esplendor.
Sou referente pra ferrugem
mais do que referente pra fulgor.
Trabalho arduamente pra fazer o que é desnecessário.
O que presta não tem confirmação,
o que não presta, tem.
Não serei mais um pobre diabo que sofre de nobrezas.
Só as coisas rasteiras me celestam.
Eu tenho cacoete pra vadio.
As violetas me imensam.
Manoel de Barros, 1998. Livro sobre nada, p. 41
mas eu não tenho esplendor.
Sou referente pra ferrugem
mais do que referente pra fulgor.
Trabalho arduamente pra fazer o que é desnecessário.
O que presta não tem confirmação,
o que não presta, tem.
Não serei mais um pobre diabo que sofre de nobrezas.
Só as coisas rasteiras me celestam.
Eu tenho cacoete pra vadio.
As violetas me imensam.
Manoel de Barros, 1998. Livro sobre nada, p. 41
Um dos grandes do Brasil, insuficientemente conhecido, cá e lá.
ResponderEliminarDrummond fez-lhe justiça, considerando-o superior a ele.
Bom fim-de-semana!
Tudo o que li sobre o poeta Manoel de Barros confirma isso mesmo, que é o maior dos maiores!
EliminarBom fim-de-semana!