Mar Sonoro
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim,
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho,
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Dia do Mar, in Obra Poética I, Caminho, p. 84.
Escuto
Escuto mas não sei
Se o que oiço é silêncio
Ou Deus
Escuto sem saber se estou ouvindo
O ressoar das planícies do vazio
Ou a consciência atenta
Que nos confins do universo
Me decifra e fita
Apenas sei que caminho como quem
É olhado amado e conhecido
E por isso em cada gesto ponho
Solenidade e risco
É olhado amado e conhecido
E por isso em cada gesto ponho
Solenidade e risco
Sophia uma mulher bem interessante.
ResponderEliminarGostei da sua escolha, Cláudia.
Beijinho. :)
Ana, gosto imenso de Sophia de Mello Breyner. Toda a sua obra é de grande beleza e qualidade.
ResponderEliminarGostava muito de a ter conhecido pessoalmente!
Um beijinho.:))