Eu amo aquela estaçãozinha sossegada,
Aquela estaçãozinha anónima que existe
Longe, onde só se uma breve parada...
Na casa da estação, que é pequena e caiada,
Mora, a se estiolar, uma menina triste.
À chegada do trem, mal erguendo a cortina,
Ela espia por trás da vidraça que a encobre.
Muita gente do trem para fora se inclina
E olha curiosamente o olho da menina,
Tão anónima quanto a estaçãozinha pobre.
O trem parte... Ficou na distância, esquecida,
A estaçãozinha... e a moça triste da janela...
Mas vai comigo uma lembrança dolorida...
Quem sabe se a mulher esperada na vida
Não era aquela da estação, não era aquela,
Aquela que ficou lá para trás, perdida?
Uma bela poesia de um escritor admirável! Obrigado, Cláudia!
ResponderEliminarÉ muito bonita, não é, Manuel Poppe?
ResponderEliminarRibeiro Couto tem poesias magníficas!
E, é um poeta tão esquecido!...
Cláudia,
ResponderEliminarMuito bonito o poema. Não conheço este poeta.
Obrigada! :)
Beijinho.
Ana, Ribeiro Couto merece ser lido.
ResponderEliminarPode ser que coloque aqui mais algum poema dele.
Um beijinho.:))