António Ramos Rosa (1924-2013)
Centenário do nascimento
António Ramos Rosa nasceu em Faro, a 17 de Outubro de 1924.
Horizonte Imediato
Todos os dias me apoio em qualquer coisas
ando, como, esqueço
alguma coisa aprendo
e desaprendo
alguma coisa limpa nua e grave
surge
ao lado passa
eu não sou este desejo
que às vezes arde
alto sobre o chão
in Obra Poética I, Assírio & Alvim, 2018, p. 281
Só tenho um livro de Ramos Rosa cá em casa e não é nenhum destes.
ResponderEliminarIrei ver o vídeo mais logo.
Dia feliz aí no Porto, espero que com algum sol🌞🌷
Maria,
EliminarO vídeo é bastante breve!
Ramos Rosa foi profícuo na escrita! Deixou-nos dezenas de livros publicados, para não falar na colaboração em revistas e jornais. É dos nomes incontornáveis das letras portuguesas.
Um bom resto de tarde! 🌼🍀📚
Sim, eu tenho-o lido bastante ao longo da vida, mas de momento apenas tenho um livro da ASA, da colecção Pequeno Formato: O TEU ROSTO com um desenho muito bonito de Hernâni Taveira.
EliminarO sol anda a brincar às escondidas com as nuvens e o vento e alguma chuva miúda.
Excelente fim de tarde!
🍁🍂🌿🤗
Essa colecção é muito bonita. De muito bom gosto.
EliminarPor cá, o dia está cinzento, mas já esteve sol. E, a chuva deu algumas tréguas.
Um abraço e boas leituras. 🌷🌳
Pois é!
EliminarPara além deste tenho 7 do Eugénio de Andrade e um do Mário Cláudio.
Depois deixei de os ver...
🌻
A editora Asa encerrou e, mesmo nos alfarrabistas aparecem pouco! Quem os tem não os vende!
EliminarTambém tenho vários. 😉
Bonita homenagem! Belo poema!
ResponderEliminarTenho dois destes livros. «Não posso adiar o coração» é um dos poemas de Ramos Rosa de que mais gosto.
Bom final de tarde! 🌻
MR,
EliminarJá tivemos praticamente a obra toda de Ramos Rosa, mas foram-se vendendo (felizmente!) e, de momento, são muito poucos os disponíveis. Gostava de ter feito uma montra alusiva, mas...
Sim, o poema que refere é muito bonito.
Um abraço! 🌷🍀
De entre as valiosas Obras do célebre Poeta A. RAMOS ROSA, cujo Centenário temos o dever (e, sobretudo, a satisfação) de assinalar, não posso deixar de sugerir, neste precioso espaço bibliopólico, a oportuna leitura da última parte de um dos seus poemas mais significativos (e, no entanto, menos divulgados), "DAQUI, DESTE DESERTO EM QUE PERSISTO" [in "A Nuvem sobre a Página", Publ. Dom Quixote, 1978; "Antologia Poética" (selecção e prefácio de Ana Paula Mendes), Publ. Dom Quixote, 2001]:
ResponderEliminar"(...) Sou um trabalhador pobre/ nesta mina branca/ onde todas as palavras estão ressequidas/ pelo ardor do deserto/ pelo frio do abismo total// Que tenho eu a dizer/ neste país/ se um homem levanta os braços/ e grita com os braços/ o que de mais oculto havia/ na secreta ternura de uma boca/ que era a única boca do seu povo// Que posso eu fazer senão/ daqui/ deste deserto/ em que persisto/ chamar-lhe camarada"
Aqui fica, pois, o meu simbólico (e justíssimo) reconhecimento de um Poeta inconfundível e, acima de tudo, admirável. (Uma FIGURA que, aliás, tive o gosto de conhecer, pessoalmente, em 1988, quando vivi a marcante experiência de modesto e motivado funcionário ao serviço de uma Livraria, em Lisboa, extinta delegação de uma pequena e conceituada Editora da Capital do Norte.) Um Autor a apreciar e difundir, sempre!
Prezado Fernando Firmino,
EliminarSem dúvida, um excerto muito bonito e repleto de significado!
Obrigada pela partilha!
Invejo-lhe, o facto de ter conhecido pessoalmente Ramos Rosa! Um poeta, como bem escreveu, a apreciar e difundir, SEMPRE!
Bom fim-de-semana!